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A história de Cabo Verde inicia-se com a descoberta européia do arquipélago em 1496, podendo dividir-se em duas grandes etapas: a colonial (até 1975) e a independente (até aos nossos dias). Sua colonização iniciou-se, ainda no século XV, pela ilha de Santiago, em sua parte sul, junto à baía onde fundaram as embarcações de Vasco da Gama a caminho da Índia, na Ribeira Grande. 

 

Foi empregado o sistema de capitania, com mão-de-obra oriunda da vizinha costa da Guiné, para a cultura de cana-de-açúcar, algodão e árvores frutíferas. A posição estratégica do arquipélago no âmbito das rotas atlânticas entre a Europa, a América e a África, contribuíram nos séculos seguintes para o seu desenvolvimento como entrepostos comercial e de aprovisionamento, nomeadamente o tráfico de escravos para o Brasil, a região do Caribe e o sul dos Estados Unidos da América. 
 

Neste século, os principais itens da pauta de exportações das ilhas são peles, couros, sebo, algodão, cavalos, açúcar, frutas, tartarugas, milho, aguardente, tabaco, âmbar, óleo, sementes de purgueira, sal, além da reexportação de tecidos para o continente africano.

 

Em 1817 é aberta a primeira escola primária oficial na Praia e os ingleses trazem os cabos telegráficos submarinos até ao porto de São Vicente, ligados à Madeira, à Europa e ao Brasil. Sete anos depois, os cabos foram estendidos até à Praia, ligando-a igualmente à Europa e à África Oriental.

 

Em 1876 é abolido o tráfico de escravos e o interesse pelo arquipélago decresceu, situação que só se inverteria no século XX, após a Segunda Guerra Mundial.

 

A partir de 1950, com o surgimento dos movimentos de independência dos povos africanos, a colônia portuguesa do Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné Portuguesa (actual Guiné-Bissau). Em 1956 o intelectual cabo-verdiano Amílcar Cabral fundou em Bissau o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde  (PAIGC). Exilado em Conacri, ali criou uma delegação e sede do partido. O líder foi assassinado em 1973. Em 1974, após aRevolução dos Cravos, que depôs a ditadura em Portugal, Cabo Verde obteve a sua independência em 5 de Julho de 1975.

 

Cabo Verde e a Guiné-Bissau formaram países separados mas governados pelo mesmo partido único de orientação marxista, o PAIGC. O líder do partido em Cabo Verde, Aristides Pereira, foi empossado como primeiro presidente do novo país. O plano de unificação política de Cabo Verde com a Guiné-Bissau fracassou em 1980, devido ao golpe militar que, naquele país depôs o presidente Luís de Almeida Cabral - irmão de Amílcar Cabral. A ala cabo-verdiana do PAIGC rompeu com a da Guiné-Bissau e passou a se chamar Partido Africano para a Independência de Cabo Verde  (PAICV). As relações diplomáticas com Guiné-Bissau foram rompidas logo em seguida, para serem reatadas dois anos mais tarde.

 

Em 1990 começou a transição democrática com o fim do regime de partido único. Anteriormente, o PAICV renunciara às idéias marxistas. Em 1992 o país ganhou uma Constituição democrática. Nas eleições parlamentares de 2001, o PAICV obteve 40 das 72 cadeiras da Assembléia Nacional. O líder do partido, José Maria Neves foi indicado como Primeiro-Ministro. Atualmente o governo é uma República Parlamentarista e seu Presidente é Pedro Verona Rodrigues Pires desde 2001. É um dos países africanos com democracia mais estável.

 

A História

Amilcar Cabral - Mural de Joel Bergner

Fundação Amilcar Cabral - Praia - Fevereiro de 2011

http://joelartista.com/cape-verde-west-africa-na-terra-de-cabral/

 

Pelourinho de Cidade Velha

 

Campo de concentração de Chão Bom

Tarrafal - Santiago

 

Mindelo - São Vicente

 

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